Quando tive contato com a série Star Trek, que tinha sido produzida antes mesmo de eu ter nascido, imediatamente, me tornei um fã. Eram reprises, décadas depois da exibição original, mas a série continuava atual. Continua, sem dúvida.
Jornada nas Estrelas é um ícone da cultura popular. O motivo de tanta popularidade, como bem observou Stephen Hawkins, "é a visão segura e confortante do futuro". Além disso, a série tem uma espécie de cânone, ou seja, o conjunto dos acontecimentos dentro do seu universo é coerente. A cada lançamento, os fãs, claro, vão observar atentamente tal coerência.
Depois de seis séries (clássica, série animada, nova geração, deep space 9, voyager e enterprise) e dez filmes, estreou "Star Trek". Após assistir ao décimo primeiro filme da franquia, há três pontos mais importantes a se observar. A destruição de Vulcano, o affair de Spock com Uhura e a travessia de Spock (o original) pela singularidade.
Vulcano sempre esteve no seu lugar durante todas as séries e filmes. Não poderia ter deixado de existir em um tempo anterior. Será que um novo filme corrigiria essa distorção ou tudo que se conhecia do universo Star Trek foi destruído e um novo começo seria criado?
Na série clássica, em alguns episódios, eu ficava com a impressão de que Uhura tinha uma "queda" por Spock, mas tinha a certeza de que nunca ocorrera algo entre eles. Como também explicar isso?
Essas perguntas talvez possam ser respondidas imaginando que Spock (o original), ao atravessar a singularidade, não apenas voltou no tempo, mas foi transportado para um universo paralelo, uma "realidade alternativa". Assim, as possibilidades seriam imensas e toda história da Federação, no universo que conhecemos através das séries, estaria preservada.
Dessa forma, "Sar Trek" é um filme que pode divertir os antigos e novos fãs. Pode até mesmo divertir quem não quer se preocupar com a série.
Live long and prosper!
ou, se preferir,
Good luck!